O crescimento do serviço de entregas no Brasil

O crescimento do serviço de entregas no Brasil

Não há dúvidas de que o futuro do mercado de consumo está nas compras online.

O serviço de entregas há muito tempo deixou de ser um mero diferencial para as empresas. É uma necessidade!

O que já era uma forte tendência do mercado até 2019, com a chegada da pandemia em 2020 conseguiu mostrar toda a sua importância vital para a saúde financeira dos empreendimentos. Diversas empresas que ainda resistiam em realizar entregas ou se enveredar no mercado digital, foram obrigadas a optar por essa alternativa por questão de sobrevivência.

E isso também aconteceu com os consumidores. Pessoas com hábitos de compras extremamente conservadores, tiveram que se adaptar às tecnologias que a modernidade oferece e se entregar aos aplicativos de entrega e outras opções oferecidas não apenas por empresas do ramo de alimentação, mas do comércio em geral.

Falando em alimentação, o Brasil se destacou no segmento de delivery na América Latina em 2020. Fomos responsáveis por praticamente metade do mercado, alcançando 48,77% do volume de transações; seguidos pelo México (27,07%) e pelos hermanos argentinos com 11,85%.

Esse crescimento acompanha os números do mercado global, que cresceu quase 27% em 2020, passando de US$ 107 bilhões (R$ 575 bilhões) em 2019 para US$ 136 bilhões (R$ 731 bilhões).

Mas não foi somente pelos aplicativos que o delivery de comida cresceu. O serviço de entrega, no geral, teve grande ascensão, com crescimento de 250% desde o início da pandemia. E esses números certamente não voltarão aos patamares iniciais, uma vez que o número de novos usuários desse tipo de serviço é formado essencialmente por pessoas que se tornam clientes frequentes, uma vez que a confiança na modalidade foi adquirida.

O e-commerce no Brasil

O e-commerce brasileiro deu um grande salto em 2020, crescendo incríveis 75% em comparação ao ano anterior, certamente alavancado pela pandemia. 17% das transações foram realizadas por pessoas que nunca haviam comprado nenhum tipo de mercadoria dessa forma.

Esse foi um dos motivos pelos quais o Brasil figurou em sétimo lugar no “top 10” da lista dos países com o e-commerce desenvolvido e com alto nível de confiança dos consumidores. Mas nossa taxa de crescimento foi a mais alta de todas. Nossos “concorrentes” cresceram menos de 30%. Essa informação reflete que ainda temos muito a conquistar e que boa parte dos brasileiros ainda estão descobrindo os benefícios das transações online.

Sobre o comportamento de consumo por nicho de mercado, já com números de 2021, uma pesquisa feita pela Neotrust revelou que os produtos com ticket médio mais baixo foram os mais procurados. Porém, os produtos mais caros obtiveram maiores faturamentos.

As categorias que mais se destacaram por total de pedidos foram:

·                    Moda e acessórios (16,5% dos pedidos);

·                    Beleza, perfumaria e saúde (15,2%);

·                    Entretenimento (12,6%).

Já as categorias com melhor faturamento foram:

·                    Telefonia (com 21,2% do total faturado no período);

·                    Eletrodomésticos e ventilação (17%);

·                    Entretenimento (12,4%).

A categoria moda e acessórios teve 13,3 milhões de pessoas comprando no primeiro trimestre de 2021 (considerando uma compra por consumidor). O gasto médio total foi de R$ 145,00.

Já o setor de telefonia conquistou um gasto médio impressionante: foram 2,9 milhões de consumidores, mas com um gasto médio total de R$ 2.232,00.

Esses números revelam a importância que as empresas devem dar ao seu setor de vendas e atendimento online. A tecnologia muda mercados e estamos vivendo um momento de grandes avanços.